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Aventure-se no Viveiro de Trutas do Marão

7 Lugares incríveis para conhecer na "cidade do galo"

Conhecida como a "cidade do galo", Barcelos é uma cidade bastante tranquila com paisagens exuberantes como podemos comprovar na nossa visita.
Localizada no distrito de Braga, é considerada a capital do artesanato português e um ponto de paragem obrigatória no caminho de Santiago de Compostela.
Nesta visita decidimos selecionar 7 recantos especiais bem próximos do centro e falar-vos um pouco de cada um deles.


Ponte de Barcelos e Casa da Azenha
1. Galo de Barcelos
Não será difícil encontrar um "Galo de Barcelos" já que estes marcam presença em vários ruas, rotundas, jardins e lojas da cidade.
Todos os que tivemos oportunidade de fotografar eram bastante originais mas mais do que fotografar o nosso objetivo foi perceber realmente o seu significado.
Reza a lenda que os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, com o facto de não se ter descoberto o criminoso que o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito, ninguém acreditou que o galego se dirigisse a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa por isso, foi condenado à forca.
Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência apontando para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamando: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.
Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. O juiz correu à forca e viu o pobre homem de corda ao pescoço. Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento. Passados alguns anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor a Santiago e à Virgem.

Galo de Barcelos junto à Igreja Matriz de Santa Maria Maior
2. Passeio dos Assentos ou Jardim das Barrocas
A sua construção terá iniciado por volta de 1780 no seguimento de um pedido de alguns barcelenses que tinham o desejo da edificação de um passeio público no terreno das Barrocas, cedido pela Casa de Bragança.
Atualmente só restam as estruturas arquitetónicas pois o jardim foi remodelado no séc. XX.
É composto por dois patamares organizados em jardim formal, com passeios, e canteiros irregulares que o tornam num dos espaços verdes mais belos da cidade.

Passeio dos Assentos ou Jardim das Barrocas
3. Torre Medieval
Edificada no séc. XV e classificada como Monumento Nacional é um dos espaços patrimoniais mais visitados da região.
Com uma das paredes a medir 2 metros de espessura, foi torre da prisão desde finais do séc. XVI.
Já no séc. XX ganhou uma nova função servindo o Posto de Turismo local que podem agora visitar.
Se decidirem passar por aqui, não deixem de conhecer o seu miradouro que vos dará uma panorâmica magnífica de todo o centro histórico e rio Cávado.

Torre Medieval
4. Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Construída no século XIV em estilo gótico, a igreja encontra-se no centro histórico da cidade, próxima do rio Cávado.
Foi também classificada como Monumento Nacional e atualmente mantém a robustez medieval na aparência, embelezada por alguns elementos decorativos e arquitetónicos que revelam a imposição do estilo gótico numa estrutura românica.
No interior, os capitéis historiados românicos contrastam com os painéis de azulejo de 1721, com cenas da vida de Nossa Senhora.
Nas várias capelas laterais destaca-se os altares de talha dourada.
A Igreja Matriz de Barcelos era o principal templo da localidade e um dos mais importantes da região. 

Igreja Matriz de Santa Maria Maior
5. Museu Arqueológico
As ruínas do antigo Palácio dos Condes de Barcelos guardam atualmente o passado histórico medieval desta cidade.
Com uma vista maravilhosa para o rio Cávado e bem no centro de todos os pontos que vos apresentamos neste artigo, o museu arqueológico é mesmo um dos pontos que mais segredos e histórias guarda.
Neste museu "a céu aberto" podemos encontrar peças que testemunham o povoamento do região desde a Pré-História. Sarcófagos medievais, símbolos heráldicos, marcos da Casa de Bragança, vários elementos arquitetónicos vindos de igrejas e conventos desmantelados e pedras brasonadas de antigas casas nobres já desaparecidas completam o espólio arqueológico em exposição.
Além de tudo isto vão encontrar aqui outro símbolo bastante especial, o Cruzeiro do Senhor do Galo, proveniente de Barcelinhos, datado de inícios do séc. XVIII que nos conta em baixo-relevo a antiga lenda do ex-libris da cidade.
Se tiverem dificuldade em encontrar este museu, a sua grande chaminé em forma de canudo vai certamente ajudar.

Museu Arqueológico
Museu Arqueológico
Museu Arqueológico
6. Pelourinho de Barcelos
Classificado como Imóvel de Interesse Público e considerado um dos mais emblemáticos pelourinhos nacionais, pelo refinamento artístico da sua conceção, o Pelourinho de Barcelos foi construído nos finais do século XV ou princípios do século XVI.
A gaiola é, sem dúvida, o elemento de maior interesse, tal como o Pelourinho de Vila Real.
Ao longo da sua história, este pelourinho conheceu três localizações distintas estando atualmente localizado em frente ao Museu Arqueológico e à Igreja Matriz.

Pelourinho de Barcelos
7. Ponte Medieval de Barcelos e Rio Cávado
É uma estrutura gótica em pedra do início do século XIV que faz a ligação entre Barcelos e Barcelinhos.
Tal como grande parte dos símbolos de Barcelos está também classificada como Monumento Nacional.
É um importante local de passagem dos peregrinos do caminho de Santiago de Compostela.
Em 1801 a sua estrutura foi bastante abalada no seu lado norte pela queda da torre do Paço dos Condes de Barcelos, tendo sido necessário empreender grandes obras de recuperação.
Junto a esta ponte na margem de Barcelinhos, acontece anualmente o Festival Internacional Folclore RIO.
Também nesta margem vão poder percorrer um pequeno percurso próximo da água onde é possível observar a Casa da Azenha na margem de Barcelos.
Construída em 1892 dividia-se em três espaços distintos. O piso superior servia de habitação, sendo a casa do moleiro voltada à ponte e com acesso direto ao rio. No piso do meio ficava o local do ofício, onde estavam as moendas e o mecanismo que permitia fazer a moagem. Mais abaixo, estava o engenho que transmitia o movimento da roda exterior, acionada a água, às moendas do piso de cima.
Atualmente esta casa conta com uma dupla funcionalidade, acolher e informar os peregrinos que por ali passam a caminho de Santiago de Compostela e simultaneamente enriquecer a cultura e o saber patrimonial.

Ponte Medieval e Rio Cávado

Casa da Azenha

Rio Cávado
Onde comer:

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